Princípios para Intervenção Terapêutica

1.- Não existe nenhum tratamento isolado, nenhuma metodologia, abordagem terapêutica ou filosofia de intervenção que seja eficaz para todos os casos. É importante que a estrutura física e a pertinência da intervenção terapêutica respeitem as especificidades de cada caso.

2.- O tratamento deve ser sempre de fácil acessibilidade. As pessoas adoecidas pelo abuso e/ou dependência de drogas quase sempre hesitam em iniciar o tratamento, constitui-se em importante estratégia terapêutica a disponibilidade integral do profissional e da Instituição.

3.- O tratamento efetivo deve atender a diversidade de necessidades do paciente e não somente o abuso de drogas. Para ser efetivo, o tratamento deve estar focado no abuso de drogas, porém, deve também priorizar os históricos de vida, familiar, emocional e de saúde clínica de cada paciente.

4.- A proposta terapêutica deve ser resultado de uma avaliação ampla e profunda e interdisciplinar, que deverá ser continuamente avaliada e alterada, quando necessária e necessita estar sempre em consonância com a demanda e o momento do paciente. Um paciente pode requerer combinações e serviços componentes que variem durante o curso do tratamento, podendo necessitar de orientação, psicoterapia, medicamentos, cuidados médicos, terapia familiar, orientação vocacional e serviços legais. O tratamento deve ser adequado a idade, sexo, raça e a cultura do paciente.

5.- O período adequado do tratamento e a assiduidade do paciente são fatores determinantes na busca da efetividade. A entrevista e a avaliação inicial constitui-se em um fator relevante para definição da proposta terapêutica e do período de tratamento.

6.- Terapia individual, de grupo, orientação e acompanhamento familiar, assim como outras abordagens comportamentais são componentes essenciais para alcançar efetividade no tratamento. Durante o processo terapêutico os pacientes desenvolvem sua motivação, criam estratégias para evitar o uso de drogas, substituindo atividades relacionadas ao uso de drogas por atividades produtivas e construtivas, sem drogas, desenvolvem sua capacidade de enfrentamento e busca de solução de seus problemas. A terapia também promove ganhos na qualidade dos relacionamentos interpessoais na família e sociedade.

7.- Em muitos casos, a avaliação, o acompanhamento psiquiátrico e o suporte medicamentoso são muito importantes, especialmente quando combinados com o acompanhamento psicoterápico. Enfrentar o conjunto de desconfortos físicos e emocionais que emergem no quadro de abstinência do abuso de drogas é, em grande parte dos casos episódios de recaídas exigem profissionalismo, especialização e empenho interdisciplinar. Neste sentido, o acompanhamento psiquiátrico e o suporte medicamentoso constituem-se em importantes coadjuvantes, sobretudo na fase inicial do tratamento. Contribuindo substancialmente para a minimização do quadro de desconfortos e contribuído para manutenção da abstinência.

8.- Dependentes químicos com quadros de comorbidades psiquiátricas devem receber tratamento integrado. Em decorrência da nocividade das substancias de abuso que tem surgido nos últimos anos, tem se deparado cada vez mais, com transtornos associadas ou induzidos pelo uso de drogas. Os pacientes com comorbidades devem ser tratados de forma integrada ao tratamento da dependência química.

9.- A desintoxicação orgânica é a primeira fase do processo de tratamento das dependências químicas e, por si só, não se constitui em tratamento efetivo. A desintoxicação clinica trata o conjunto de desconfortos físicos e emocionais da abstinência e, de certa forma, prepara o paciente para imersão em um processo terapêutico efetivo.

10.- O tratamento não necessita ser voluntário para ser efetivo. Considerando sempre que podem existir internação involuntária, mas, não existe tratamento involuntário. Neste sentido, na fase de desintoxicação é primordial a sensibilização do paciente para a motivação para o tratamento. Em alguns casos, perdas e crises na vida profissional, conjugal, familiar e judicial podem quebrar significativamente a resistência e promover a motivação para adesão e manutenção do tratamento.

11.- A possibilidade de uso de drogas durante o tratamento deve ser continuamente monitorada. A intercorrência mais comum no processo de tratamento da dependência química é o reexperimento e/ou as recaídas. Neste sentido, o monitoramento da abstinência através de exames toxicológicos com anuência e demanda do paciente se constitui em um coadjuvante para o estabelecimento de limite para o paciente e, por vezes, em um instrumento facilitador no resgate da credibilidade e da confiança do paciente junto a seus familiares e a equipe técnica responsável pelo caso.

12.- Os programas de tratamento devem incluir investigação de testes de HIV/AIDS, hepatite B e C, tuberculose e outras doenças crônicas e/ou infecto contagiosas. Quanto mais amplo e profundo for o conhecimento do estado clínico dos pacientes, melhor e mais efetiva será a intervenção clínica e psicoterápica. Além disso, a promoção da consciência de sua doença e a modificação de comportamento por parte do paciente auxiliará sobremaneira as pessoas infectadas a lidar com sua enfermidade e evitar a contaminação de outras pessoas.

13.- O tratamento da dependência química pode ser um processo de longo prazo, frequentemente requer várias tentativas de tratamento. Tal como outras enfermidades a recidiva nos casos de dependência química pode ocorrer durante e/ou após o tratamento. Os pacientes, dependendo do tipo de droga, do tempo de uso e da representatividade existencial desta substância para ele, podem necessitar de períodos prolongados de tratamento.

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