APESAR DAS DIFERENÇAS, SOMOS TODOS IGUAIS!

O momento que estamos vivendo é um convite para uma profunda reflexão acerca do que está ocorrendo e de que forma estamos conduzindo nossa coexistência.

Para aqueles que creem, absolutamente nada acontece por acaso e tudo tem um sentido e um motivo muito mais profundo e superior do que aquilo que querem nos fazer ver.

Apesar de vivermos em um mundo onde os egos valem mais que as almas, milhões de almas se mantém ausentes desta superfície, e se mantém resilientes a tudo o que está sendo manifestando.

As pessoas que buscam o aprofundamento de seu sentido existencial estão sendo, de forma inédita e inusitada, movidas a uma introspecção na busca do que realmente é de valor para que sejamos o que já devíamos ser.

De alguns dias para hoje o mundo, sobretudo nosso país, foram tomados por uma realidade que mudou nossa condição emocional de ser e estar e alterou drasticamente nosso comportamento e nosso dia a dia.

Nos tirando do controle de nossa rotina, do exercício de nossos papéis produtivos, sociais e familiares.

Nos foi imposta a condição de não se expor ao próximo e consequentemente a de estarmos conosco mesmo.

Para alguns um convite a introspecção e a reflexão acerca do que deve continuar sendo valorado e mantido, para outros uma convocação para se ausentarem daquilo que os mantinha na superfície e para aqueles que se distanciaram da Luz, uma intimação a achar um sentido mais humano e divino de viver.

Retomamos contato com o óbvio: “que nossas vidas podem ser mudadas, abreviadas e interrompidas abruptamente por algo invisível aos nossos olhos”.

É incrível como a vida pode ser tão fugaz, frágil, vulnerável e ao mesmo tempo tão maravilhosa, milagrosa e intensa.

Como é difícil ficar sem um aperto de mão, sair e abraçar nossos amigos, beijar e ser beijado pelas pessoas que amamos e que nos amam.

Vivemos o experimento do amor e da consideração sem toque, sem carinho e confirmamos a convicção do quanto estes gestos nos fazem viver melhor e mais felizes.

Como se não bastasse, além de necessitarmos ficar conosco mesmo, ainda estamos impedidos de fugir deste inevitável reencontro.

Pois não está mais possível nos deixarmos de lado e irmos para um café, um cinema, ver um jogo de futebol, tão pouco viajar, ir jantar com uma pessoa querida.

Não é possível fugir para o trabalho ou através do lazer e dos encontros que, de certa forma, nos ajudavam a lidar com o que nos desconforta e não queríamos ver em nós mesmos.

Tudo que não tem origem em nossa alma ficou em segundo plano: as diferenças de conceito, as divergências sociais, políticas, religiosas, os conceitos acerca do outro que se opõem aos nossos e tantas outras coisas.

Este vírus que adoece e que já dizimou tantas vidas, pode dizimar parte da falta de humanidade, da soberba, da cizânia e nos abrir a alma que percebamos que em essência “todos somos iguais”.

A solidariedade humana deve estar acima da forma de pensar de cada um, dos conceitos, das opções pessoais e da forma com que cada pessoa deseja viver sua vida e exercer o respeito pleno pelo que o outro não é e não pensa.

Jose Norberto Fiuza